Foi muito oportuno o artigo do Prof. Anco Márcio
Tenório Viera, publicado no Jornal do Commércio do dia 16 de julho de 2016 e
compartilhado pelo Prof. Lucivânio Jatobá, também da UFPE, na página do
facebook "Professores da UFPE". O autor
do artigo é professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE e
conseguiu em poucas palavras dizer o que muitos docentes vinculados à
programas de pós-graduação na UFPE sentem na pele, ou seja, que a produção
científica no Brasil é muito mais sustentada pelo sacrifício dos docentes,
técnicos e discentes, e muito menos por políticas de fomento a
valorização da produção científica. Apesar do reconhecimento de que os
incentivos públicos aumentaram na última década, a sobrecarga e
a intensificação trabalho na pós-graduação brasileira é uma expressão clara da
proletarização dos seus docentes. Segue o artigo do Prof. Anco Vieira, que
tomei emprestado da página citada:
Digo que este artigo é oportuno na UFPE,
porque a instituição lançou uma consulta eletrônica para que os docentes possam
opinar sobre uma Proposta de Resolução que irá disciplinar as atividades
docentes e os regimes de trabalho da categoria, com prazo final estipulado para
31 de agosto deste ano. (Para acessar o site da Consulta e a Proposta de
Resolução clique aqui). Depois a proposta será votada pelo
Conselho Universitário, em data ainda não divulgada pela
UFPE. Seria uma ótima oportunidade para a categoria debater questões
levantadas no artigo acima e outras inúmeras, caso a instituição não
tivesse adotado um método tão pouco dialógico para subsidiar a decisão do
Conselho Universitário, sobre matéria que afeta diretamente o trabalho dos
docentes. Em postagem anterior, questionei se o assunto não deveria ser, no
mínimo, debatido nas instâncias de participação direta dos docentes e até, quem
sabe, em outros fóruns mais amplos. Apesar de querer participar deste debate
(eu e muitos outros colegas professores da UFPE), confesso minha grande
dificuldade em encaminhar “críticas e sugestões” através do formulário da
consulta eletrônica, pois ele não responde minhas dúvidas sobre o significado
de cada artigo da proposta, como por exemplo: por que os docentes do CAA e do
CAV são considerados na proposta de maneira não isonômica em relação ao demais
centros? Teria outros esclarecimentos a pedir, mas o formulário
da consulta eletrônica não responde.
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