quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

DEFESA DE DOUTORADO: "MODERNIZAÇÃO-RESTAURADORA E TRANSFORMISMO NA POLÍTICA DO ENSINO MÉDIO EM PERNAMBUCO" - JOHN MATEUS BABOSA.


O grupo Gestor - Pesquisa em Gestão da Educação e Políticas do Tempo Livre levou à defesa mais um de seus integrantes, sendo agora a vez do doutorando JOHN MATEUS BARBOSA. A tese foi defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação, do Centro de Educação, da Universidade Federal de Pernambuco no dia 15 de dezembro de 2020. A pesquisa analisou as estratégias de controle do trabalho docente na rede estadual de ensino de Pernambuco, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos de Antônio Gramsci. A tese foi orientada pelo Prof. Dr. JAMERSON ANTÔNIO DE ALMEIDA DA SILVA (UFPE) e banca foi composta pelos seguintes examinadores: Prof. Dr. GAUDÊNCIO FRIGOTTO (UERJ); Prof. Dra. ÂNGELA SANTANA DO AMARAL (UFPE); Profa. Dra. LUCIANA APARECIDA ALIAGA DE OLIVEIRA (UFPB); Prof. Dr. RAMON DE OLIVEIRA (UFPE). Após quase cinco horas de um rico processo de arguição e debate, a banca aprovou a tese por unanimidade e com indicação para publicação em livro. A sessão foi transmitida pelo youtube e está disponível em: https://youtu.be/jOP3U_BZRqI

Em breve a íntegra da tese estará disponível neste blog.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

REFORMA DO ENSINO MÉDIO, BNCC E SUAS REPERCUSSÕES NO TRABALHO DOCENTE

 O Laboratório de Estudos, Pesquisa e Extensão em Ensino Médio (LEPEM) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará -IFCE (Campus Iguatú) realizou o seu I Seminário nos dias 7 e 8 de novembro de 2020. No debate sobre o tema em destaque fiz uma exposição evidenciando os nexos das reforma educacionais em curso no Brasil com uma reestruturação produtiva e um modelo de acumulação que atualiza os padrões de reprodução do capitalismo dependente.
A ênfase da minha exposição foi em afirmar a tese de que as medidas ultraneoliberais, que se iniciam ainda no segundo governo Dilma (pacote econômico de 2015), e vão se aprofundar nos governos Temer e Bolsonaro, expressam uma atualização dos padrões de reprodução do capitalismo dependente, caracterizados pela  superexploração da força de trabalho e pela transferência de valor para os países centrais. 
Medidas como a EC-95, a Reforma Trabalhista e da Previdência são expressões dessa dinâmica que atualiza a dependência e condiciona também a produção e reprodução dos padrões da escola pública brasileira, instituição necessária à formação das novas gerações para uma sociabilidade onde o desemprego e superexploração do trabalho informal, terceirizado e precário serão cada vez mais generalizados.
Portanto, a reforma do ensino médio, a BNCC e diversas outras políticas educacionais em curso no país são partes desse projeto, com drásticas consequências para o trabalho docente em todos os níveis e modalidades do ensino.  



domingo, 6 de dezembro de 2020

DEFESA DE MESTRADO DE UÉRICA NOGUEIRA - "A CONTRARREFORMA DO ENSINO MÉDIO EM TEMPO DE REFUNCIONALIZAÇÃO DO ESTADO (LEI 13.415/2017): DESDOBRAMENTOS NA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO E SUAS IMPLICAÇÕES AO PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO"

  

No dia 04 de dezembro de 2020 foi realizada a defesa da dissertação de mestrado de Josefa Uérica Nogueira, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco. A pesquisa analisa a implementação da Reforma do Ensino Médio (Lei 13.417/2017) na rede estadual de Pernambuco. A dissertação foi desenvolvida sob a orientação do Prof. Dr. Jamerson Antônio de Ameida da Silva (PPGE/UFPE), líder do grupo de pesquisa GESTOR - Pesquisa em Gestão da Educação e Políticas do Tempo Livre, vinculado à linha de Política Educacional, Planejamento e Gestão da Educação. A banca foi constituída pelos seguintes examinadores: Prof. Dra. Eveline Bertino Algebaile (PPFH/UERJ); Prof. Dr. José Nildo Alves Caú (IFPE); Prof. Ramon de Oliveira (PPGE/UFPE). A sessão de defesa pública foi realizada por meios virtuais e o vídeo está disponível no link a seguir: https://youtu.be/Rz3JGUDlyI4

Em 30 dias a íntegra da dissertação será disponibilizada no Repositório da UFPE. 

Aos interessados, acesso pelo link:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

DEFESA DE MESTRADO - "O PÚBLICO E O PRIVADO NA EXPANSÃO DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL DE PERNAMBUCO". Por MICILANE PEREIRA DE ARAÚJO (PPGE/UFPE)

No último dia 02 de dezembro foi realizada a defesa da dissertação de mestrado de Micilane Pereira Araújo, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco. A pesquisa analisa as relações entre o Estado de Pernambuco e a iniciativa privada no processo de expansão do ensino médio a partir da primeira gestão do governador Eduardo Campos, iniciada em 2007, até período atual do governador Paulo Câmara. A dissertação foi desenvolvida sob a orientação do Prof. Dr. Jamerson Antônio de Ameida da Silva (NFD/UFPE), líder do grupo de pesquisa GESTOR - Pesquisa em Gestão da Educação e Políticas do Tempo Livre, vinculado à linha de Política Educacional, Planejamento e Gestão da Educação. A banca foi constituída pelos seguintes examinadores: Prof. Dra. Theresa Maria Adrião Freitas (FE/UNICAMP); Prof. Dr. Antônio Marcos de Oliveira (Curso de Pedagogia/UFAPE); Prof. Edson Francisco de Andrade (CE/UFPE). A sessão de defesa pública foi realizada por meios virtuais e o vídeo está disponível no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=0YY9Z4URvOI




quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Derrota do bolsonarismo, normalidade democrática e recomposição da hegemonia neoliberal


        
As elei
ções municipais de 2020 estão inscritas na história por ocorrerem em meio a uma crise orgânica do capital e no curso de violento choque neoliberal que impulsiona a reestruturação produtiva visando intensificar a superexploração e a espoliação da classe trabalhadora, aprofundando a lógica perversa do capitalismo dependente e periférico. A realização das eleições em contexto de isolamento social por conta da pandemia de Covid-19, associado ao aumento do autoritarismo e da violência de Estado, está se revelando como um cenário propício para recomposição da hegemonia do projeto neoliberal, uma vez que reprime drasticamente a capacidade de mobilização social das classes subalternas e das forças de oposição.
        O pleito em curso expressa muito mais o aprofundamento do processo de desfiguração da Constituição que foi parâmetro para regulação político-social desde 1988 do que a possibilidade de restituição da normalidade democrática, como alguns preferem pensar. Não é demais lembrar que “a festa da democracia” de 2020 está se dando por cima do genocídio programado pelas classes dominantes que já vitimou mais de 165 mil pessoas no Brasil, desde o seu início. Qualquer ilusão de normalidade democrática num contexto como este é pura expressão de cinismo criminoso ou de indigência intelectual grave.
        Neste contexto, o campo da esquerda institucional brasileira considera que o desafio central dos trabalhadores é derrotar o projeto neofascista que almeja o fechamento do regime político. A tática adotada, para tanto, é a formação de frentes eleitorais para derrotar o bolsonarismo nas eleições municipais, visando uma posterior derrubada do Presidente por impedimento ou nas eleições de 2022. Vale destacar que a tática de frentes eleitorais tem diferentes modulações como um degradê. Numa tonalidade mais moderada, a chamada Frente Ampla admite a aliança de partidos da esquerda social-liberal, de centro e da direita liberal (considerada democrática), todos juntos em defesa da institucionalidade democrática, mesmo que burguesa, periférica e cada vez mais abstrata. Outra de tonalidade um pouco mais escura seria a chamada de Frente de Esquerda. Um pouco mais demarcada ideologicamente, mas tentando fugir aos “sectarismos”, propõe um arco de alianças apenas com os partidos de esquerda, tentando atrair aqueles da esquerda social-liberal a partir de um programa mínimo. O resultado da dinâmica de materialização dessas táticas tem se mostrado bastante complexo, mas predomina combinações bizarras entre partidos de A a Z, sem um programa de oposição ao neoliberalismo claro e incapaz de recuperar o entusiasmo das massas. Um balanço mais completo das alianças e dos desdobramentos da movimentação dos partidos de oposição é necessário e mais adequado ao fim do segundo turno das eleições.
        Entretanto, encerrado o primeiro turno, já se pode constatar que o único alento da esquerda social-liberal foi a importante derrota eleitoral sofrida pelos candidatos apoiados por Bolsonaro. A esquerda social-liberal também perdeu muitas prefeituras, embora tenha apresentado relativa resiliência.  Vitoriosos mesmos saíram os partidos da direita tradicional e do chamado centrão, estes que contribuíram com as eleições de Lula, destituição de Dilma, apoiaram a eleição de Bolsonaro e orquestraram todas as políticas de choque ultraliberal até então. São eles, os partidos orgânicos da ordem, que parece estarem voltando para o centro dirigente da hegemonia neoliberal. São longos ciclos de relativas mudanças para conservação da ordem, marca indelével da formação política e econômica brasileira. 
       Embora o primeiro turno das eleições tenha expressado significativa alteração do sentimento da população em relação ao bolsonarismo, um escrutínio mais apurado do processo é necessário, sob o risco de não diferenciarmos bem o acessório e o essencial desta dinâmica de recomposição das relações de hegemonia. Numa análise de conjunto é fundamental examinar os movimentos que as táticas de frentes de oposição estão produzindo na corrrelação de forças e avaliar até que ponto a substituição forças políticas da chamada extrema-direita nos governos municipais por forças da direita tradicional e do chamado centrão, transformou a esquerda social-liberal e seus satélites em forças auxiliares da recomposição da hegemonia neoliberal. Uma coisa é certa, do ponto de vista tático, as classes dominantes se renovaram, se fortaleceram para aprofundar as próximas contrarreformas e se cacifaram para chegar em 2022 em condições de disputar a presidência da república.
        Já no campo das esquerdas, a grande novidade parece não estar relacionada com as alianças amplas, mas com sim uma oposição que buscou relativamente se diferenciar da esquerda social-liberal, talvez deixando mais uma vez a lição de que o taticismo, o transformismo e a pequena política não são alternativas viáveis para a classes subalternas, sequer do ponto de vista eleitoral. Construir uma antítese vigorosa à ordem capitalista é o único, longo e necessário caminho.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

VÍDEO DISPONÍVEL - EDUCAÇÃO E SOCIEDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA - Prof. Luís Carlos de Frei...



O ESPAÇO DE DIÁLOGOS PEDAGÓGICOS PAULO FREIRE é uma iniciativa do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE. O evento é voltado aos estudantes, mas aberto à comunidade acadêmica e à sociedade em geral. O objetivo é promover a reflexão crítica sobre a educação no contexto da crise sanitária mundial Covid-19.
A abertura do evento contou com a participação do Prof. Dr. Luiz Carlos de Freitas (Unicamp) com a mediação do Prof. Dr. Jamerson Silva (UFPE). O tema EDUCAÇÃO E SOCIEDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA foi abordado no dia 22.06.2020.

AO VIVO | Universidades públicas e aulas remotas, com o Colemarx



O site Esquerda Online realizou uma live com os pesquisadores Coletivo de Estudos Marxismo e Educação (COLEMARX) da UFRJ. O debate problematiza o ensino remoto emergencial das universidades públicas em um contexto de intensos ataques a autonomia universitária. Na ocasião foi lançado o estudo "Universidades públicas e aulas remotas: nenhum estudante pode ser excluído".
 Assista ao vídeo aqui e para saber mais sobre o estudo, clique aqui.