terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Por um Gramsci revolucionário | Ruy Braga


Publicado originalmente pela TV Boitempo, em 18 de dez de 2017, socializo os comentários do sociólogo Ruy Braga sobre o viés revolucionário de Antônio Gramsci.  Ruy Braga é autor de "A rebeldia do precariado: trabalho e neoliberalismo no Sul global" (Boitempo, 2017) e "A política do precariado" (Boitempo, 2011), entre outros. No vídeo, o sociológo destaca como o revolucionário italiano foi interpretado nacional e internacionalmente para justificar as políticas reformistas e de acomodação ao status quo. Conforme o autor, no Brasil foi o pensamento de Gramsci foi apropriado hegemonicamente para justificar a "progressiva acomodação do PT ao aparelho de Estado e ao jogo democrático no sentido mais tradicional".

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Assista a transmissão ao vivo do balanço crítico das políticas educacionais dos governos Lula e Dilma

Teve início ontem (16/11/2018) na UFPE, o primeiro evento do projeto Seminários Integrados de Pós-Graduação A POLÍTICA EDUCACIONAL NOS GOVERNOS LULA E DILMA: UM BALANÇO CRÍTICO. A mesa de redonda aconteceu no auditório do Centro de Educação e contou com a participação da Profa. Marise Ramos (UERJ), da Profa. Márcia Ângela Aguiar (UFPE), do Prof. Paulo Rubem Santiago (UFPE e Ex-deputado Federal) e do Prof. Jamerson Silva (UFPE).
O evento integra um ciclo de debates que vem sendo promovido por uma articulação de programas de pós-graduação de universidades brasileiras constituída pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estado e Formação Humana da UERJ, Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná e Universidade Federal de Goiás.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Palestra CONTRADIÇÕES E HEGEMONIA NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DOS GOVERNOS LULA E DILMA por Anita Schlesener. Assista aos vídeos!


É com grande satisfação que o Blog Hegemonia e Educação disponibiliza o vídeo da palestra  "Contradições e Hegemonia na Política Educacional dos Governos Lula e Dilma", proferida pela Profa. Anita Helena Schlesener da Universidade do Tuiuti - PR, no dia 1 de setembro do corrente ano, no auditório do Centro de Educação da UFPE.

O evento foi promovido pela Linha de Pesquisa em Política Educacional, Planejamento e Gestão da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE, sob a coordenação do grupo de pesquisa GESTOR - Pesquisa em Gestão da educação e Políticas do Tempo Livre. 

A palestrante é filosofa, estudiosa incansável da obra de Antônio Gramsci, tendo publicado diversos livros sobre o filósofo italiano.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Seminários Integrados de Pós-Graduações "A Política Educacional nos Governos Lula e Dilma: um balanço crítico"


Nos dias 16 e 17 de novembro no Centro de Educação da UFPE, o Programa de Pós-Graduação em Educação promoverá um ciclo de debates para fazer o balanço crítico da política educacional brasileira nos governo Lula e Dilma.
O evento faz parte de uma articulação de programas de pós-graduações em educação da Universidade Federal de Pernambuco, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Universidade do Tuiuti - PR, cujo o objetivo é analisar as políticas educacionais dos governos em tela numa perspectiva de totalidade, enfatizando seus aspectos positivos e negativos, suas contradições e seus limites históricos.
O ciclo de debates, que já contou com a participação da Prof.a Dra. Anita Helena Schlesener da Universidade do Tuiuti-PR no dia 1 de setembro deste ano, prossegue com a seguinte programação:
  • RECIFE - 16 e 17 de novembro 2017/Universidade Federal de Pernambuco
  • CURITIBA - 14, 15, 16 de março 2018/Universidade do Tuiuti do Paraná
  • RIO DE JANEIRO - 18 de abril de 2018/Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Abaixo segue a programação de Recife, coordenada pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco:

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

01 SET: Educação nos governos Lula e Dilma será debatida na UFPE



CONTRADIÇÕES E HEGEMONIA NA POLÍTICA EDUCACIONAL DOS GOVERNOS LULA E DILMA.

O que pode ser considerado progressivo e regressivo nas politicas educacionais desenvolvidas nos governos democrático-populares e quais suas implicações para relações de hegemonia no Brasil? Esta é a instigante problemática que será debatida no
Centro de Educação da UFPE no próximo dia 01 de setembro.

A palestra será proferida pela Prof.a Dra. Anita Helena Schelesener da Universidade do Tuiti-PR. 

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Conheça como milionários estrangeiros estão manipulando o pensamento da população brasileira para lucrarem cada vez mais


Foto de Hypepotamus
As think thanks são organizações ou instituições de grandes empresários que atuam formulando, divulgando e influenciando políticos e governos sobre assuntos estratégicos dos países onde atuam. Visando influenciar à população leiga e com poucas informações, essas instituições manipulam e treinam pessoal (sobretudo jovens) para difundirem idéias, visando ganhar a opinião pública sobre assuntos como economia, ciência e tecnologia, política, educação etc..

The Intercept - Brasil publicou uma reveladora reportagem sobre o problema da atuação das think thanks na América Latina e no Brasil, destacando quem são as principais organizações em atuação no continente, suas ideias, estratégias de ação e as desastrosas consequências das intervenções empreendidas para desestabilizar a democracias latino-americanas.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Jessé Souza: "A compreensão do Brasil que a esquerda tem foi construída exatamente pela elite econômica e financeira"

Tenho tentado contribuir no combate ao golpe empresarial-parlamentar-jurídico-midiático de 1916, afirmando a necessidade de as esquerdas brasileiras fazerem um balanço crítico dos 13 anos de governos petistas. Isso por entender que tais forças vêm operando a política em grande medida a partir de ferramentas teórico-práticas próprias à concepções de mundo que legitimam e reproduzem o modo de vida que supostamente buscam combater. 


Sem um balanço histórico-crítico do modo de pensar e agir da esquerda brasileira, dificilmente conseguiremos construir condições para que o povo possa compreender e se contrapor ao caráter liberal-conservador-escravocrata do empresariado brasileiro e suas "camaleônicas" superestruturas políticas, jurídicas e midiáticas.

Boa parte dos intelectuais brasileiros mais identificados com as forças de esquerda estão resistindo a tal tarefa, sob o argumento de não darem munição ao inimigo principal. Parecem ignorar que a análise histórico-crítica busca exatamente combater as formas de pensar, sentir e agir dos dominantes, quando elas já passaram a dar a direção intelectual e moral daquilo que pensamos ser nosso.

Felizmente tenho encontrado alguma ressonância sobre aquilo que penso ser tarefa indispensável, sem a qual não sairemos da enrascada golpista que está destruindo o Brasil. Trata-se da entrevista do Sociólogo Jessé Souza (ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA), concedida ao site Brasil de Fato, por ocasião do anúncio de lançamento do seu mais novo livro, A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato, que será lançado em setembro deste ano.

Reproduzo, a seguir, a íntegra da reportagem do site Brasil de Fato, editada por Camila Rodrigues da Silva.

"A compreensão do Brasil que a esquerda tem foi construída exatamente pela elite econômica e financeira". A afirmação é do sociólogo Jessé Souza, que lançará o livro A Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato em setembro.
Ele argumenta, fazendo uma recuperação histórica, que a elite paulistana constrói um aparato simbólico quando perde o Estado para as forças comandadas por Getúlio Vargas na revolução de 1930. 
"Ali se monta o bloco antipopular que vai marcar o Brasil moderno. E essa elite foi sofisticada: ela tinha o poder econômico e tinha perdido o poder político. Ela decidiu criar um poder ideológico, para que, mesmo longe do poder político, ela pudesse reconquistá-lo e manter a dominação sobre a sociedade como um todo pelo nível das ideias", elabora. 
O autor fez uma apresentação da obra na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), e conversou com o Brasil de Fato. No estudo, Souza trabalha com o surgimento dos termos "patrimonialismo" e "populismo" que, segundo ele, baseiam ideologicamente o neoliberalismo e as críticas ao Estado no país — noções que os partidos de esquerda não conseguiram se desvencilhar.

Para o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a falta de narrativas facilitou processos de golpes de estado no país todas as vezes em que líderes e partidos populares chegaram ao poder. Como alternativa, o sociólogo aposta na democratização do estado e da mídia e no fortalecimento da TV pública.
Confira os principais trechos da conversa:
A Elite do Atraso

O principal aspecto que procurei analisar nesse livro foi a construção da elite econômica e do pacto antipopular que se monta no Brasil depois da libertação dos escravos.
Esse caminho tem que ser reconstruído porque a esquerda foi apropriada em grande medida pela direita. A esquerda pensa com categorias da direita. A compreensão do Brasil que a esquerda tem foi construída exatamente pela elite econômica e financeira.
A elite paulistana constrói um aparato simbólico quando perde o estado para as forças comandadas por Getúlio Vargas na revolução de 1930. Ali se monta o bloco antipopular que vai marcar o Brasil moderno. E essa elite foi sofisticada: ela tinha o poder econômico e tinha perdido o poder político. Ela decidiu criar um poder ideológico, para que, mesmo longe do poder político, ela pudesse reconquistá-lo e manter a dominação sobre a sociedade como um todo pelo nível das ideias. 
Essa elite começa a dizer que o grande problema nacional é o patrimonialismo. Esse conceito não é o único, um outro conceito criado na USP [Universidade de São Paulo], na década de 1960, chamado de populismo.
O patrimonialismo e populismo são as duas ideias mais importantes para a dominação conservadora entre nós, porque elas são os dois pilares de um tipo muito específico de liberalismo que se constrói no Brasil e que é extremamente conservador, porque aposta na exaltação do mercado e aposta na falência do estado.
Não só a direita, que é quem recebe as vantagens materiais disso, mas a própria esquerda. O que explica, em grande medida, o fracasso da esquerda quando ela chega ao poder. Ela não reflete, não percebe as implicações que essas ideias para a conduta e para o comportamento político.
O patrimonialismo monta uma história sem pé nem cabeça: que a corrupção do estado vem desde Portugal, que é uma ideia absurda, porque em 1380 não existia corrupção; é uma bobagem histórica dizer isso. A gente tem que dessacralizar essas ideias.
Golpe parlamentar

O golpe não deu certo. Para que você reproduza qualquer acontecimento histórico no tempo, você tem que legitimá-lo. Um golpe que você possa desconstruir; de uma mídia desregulada, de uma elite saqueadora você pode, inclusive em pouco tempo, reverter.
A briga política é um processo e não um estado. Isso tem um prolongamento no tempo. O fato de ele não ser legitimado é fundamental para que ele se reproduza no tempo.
Se você comparar este golpe ao golpe militar, em que as pessoas votavam na Arena [durante a ditadura, eleições para cargos do Legislativo foram realizadas a cada dois anos, embora o poder de decisão fosse transferido ao Executivo], havia crescimento econômico de 10% ao ano. O que é uma coisa muito ambígua. Os trabalhadores do campo foram lembrados pela primeira vez pelos militares por [Emílio] Médici.
A dinâmica deste golpe é completamente outra. É uma dinâmica capitalista-financeira, de sugar tudo o que puder no mais curto espaço de tempo. Esse pessoal está achando que não precisa mais da política. Querem entrar logo e mandar.
É um golpe muito forte na imposição, no curto-prazo, mas a médio e curto prazo ele tende a ser frágil, porque você precisa ganhar a cabeça das pessoas, o coração e a mente das pessoas. E ele não ganhou e, aposto, não vai ganhar.
Ausência de narrativas

A [Operação] Lava Jato deixou a esquerda sem ação por dois anos. A esquerda não tinha uma narrativa para se confrontar à Lava Jato. Estamos pagando pelo que a esquerda não fez.
O que eu acho que deveria ter acontecido era o fortalecimento dos movimentos sociais, muito mais do que houve, por exemplo, do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], que, para mim, é, de longe, o movimento popular mais interessante; era preciso ter brigado por uma televisão popular, que eu sei que isso não era percebido sequer como uma coisa importante. 
A situação atual é muito, muito pior. Só temos as redes sociais, que é muito importante, mas é um elemento que está sob pressão e sob ataque. A rede social, em grande medida, ainda reproduz as grandes mídias, que não perderam seu poder de pautar o debate. A esquerda não fez sua própria apropriação do que aconteceu.
Eu acho que o erro foi não ter montado, quando [o tema da corrupção] começou a ter uma maior importância, as condições para que se pudesse ter uma reforma política, para que a política não fosse comprada pelo dinheiro. A narrativa que nos faz de imbecil é dizer que a política está sendo comprada por indivíduos. Isso não é verdade: a política é comprada pelos interesses privados organizados no mercado, que é muito diferente disso.
Mas isso nunca foi explicitado. A esquerda nunca montou uma narrativa sobre isso. O único agora que está aproveitando e está tocando nesse tema é o Ciro Gomes [nome cotado para candidatura à Presidência pelo PDT]. Eu acho que o projeto da elite financeira tem que ser reconstruído e tem que ser posto no lugar. É o que estou, modestamente, tentando fazer com a minha contribuição que é o meu livro.
Eu tento contrapor a corrupção dos "tolos" e "imbecis", que somos nós, que é pensar a  corrupção como dado da política; e a corrupção real, que é a corrupção do mercado, que compra a política para isso. Deixar isso claro, para mim, é o ponto principal. E aí que você tem um extraordinário mote para desconstruir essa balela de Lava Jato.
Democratização do estado

A esquerda acha que poderia ocupar o poder apenas com um plano econômico. Eu acho que tem que apresentar um plano econômico alternativo. Claro que tem que apresentar. Mas não pode ser apenas isso. Temos que apresentar uma interpretação da sociedade como um todo, que é isso que não estou vendo. 
Eu não estou vendo o discurso da classe dominante sendo desconstruído e um outro discurso, sobre qual estado vai ser necessário. O estado participou de um golpe. Isso é um absurdo. As corporações do Ministério Público querem vantagens, dinheiro, privilégios. Isso não pode continuar assim. Onde está esse novo projeto de estado? Se você apresenta só um plano econômico, você vai implementá-lo em qual estado? Tem que ter uma interpretação que seja totalizadora e não apenas um plano econômico. 
Raça e classe

É claro que as questões da minoria são fundamentais, mas elas não podem ser desligadas das questões de classe. A classe é a distribuição de riqueza e poder. Quando os movimentos não estão ligados a isso, eles ajudam o capitalismo financeiro — que não quer saber se você é branco, preto, heterossexual ou gay. Ele vai te explorar do mesmo modo e ainda tirar onda de ser emancipador. É um tema muito importante, mas dificílimo.
A classe não é nem a renda, como o liberalismo diz, nem é só o seu lugar na produção, como o marxismo diz. A esquerda, tanto como o liberalismo, percebe a classe como um instante econômico. Mas não é. A classe é o que você recebe do seus pais, da sua família, que vai dar um ponto de partida que vai ser muito semelhante a várias outras pessoas que tem herança familiar, que vai definir que tipo de escola você vai ter e, depois, que tipo de acesso ao mercado de trabalho você vai ter.
No Brasil, por conta do passado escravista, essa classe mais baixa é ligada aos escravos. Então, existe uma ligação entre classe e raça extremamente importante. E, como a classe é invisível, sobre a raça — porque a raça é visível. Então há uma ligação de temas que são raciais, mas também é uma questão de classe. O que facilita para a polícia, porque é uma classe que você persegue enquanto classe.
O fato de a classe ser invisível é o que faz com que a elite possa dominar. Os movimentos identitários da própria classe popular não devem reproduzir essa inviabilização das classes porque elas podem servir para plataformas de curto-prazo. A Rede Globo, por exemplo, é a campeã das lutas identitárias.
Segue o link da reportagem:







sexta-feira, 16 de junho de 2017

Livro "Marxismo(s) e educação" aborda contribuições de Antônio Gramsci para pesquisas sobre Políticas Educacionais

Está disponível no portal Scielo Books (de acesso público) o livro Marxismo (s) e educação, organizado por SCHLESENER, A.H; MASSON, G.; SUBTIL, MJD. A obra foi publicada originalmente em 2016, pela Editora UEPG - Ponta Grossa-PR. 

terça-feira, 6 de junho de 2017

É o que Gramsci já dizia: não basta o poder formal, se não conseguimos construir hegemonia


Foto do site Revista Fórum

Encaminho entrevista com o cientista político cubano, Roberto Regalado, realizada pelo Prof. Igor Fúser (Universidade Federal do ABC), na qual, analisa a situação das forças política de esquerda na América Latina.

Destaque-se o argumento gramsciano que evidencia a disputa de hegemonia como fundamental à realização de transformações mais profundas. Análise imprescindível para o entendimento do fracasso do PT e da esquerda brasileira e o desastre da regressão social e política no golpe de 2016.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Novo livro de Anita Schlesener, Grilhões Invisíveis: as dimensões da ideologia, as condições de subalternidade e a educação em Gramsci

Foto do site Editora UEPG
Tive a alegria de receber a Profa. Anita Schlesener no Centro Acadêmico do Agreste da UFPE em 2009. Na ocasião, a pesquisadora proferiu uma palestra e lançou seu livro A Escola de Leonardo: política e educação nos escritos de Gramsci, publicado pela Líber Livro no mesmo ano.

Filósofa e professora da Universidade do Tuiutí - PR, a estudiosa da obra de Antônio Gramsci, agora nos brinda com seu novo livro, Grilhões Invisíveis: as dimensões da ideologia, as condições de subalternidade e a educação em Gramsci, publicado pela Editora UEPG, em 2016.

A temática do livro é, sem dúvida, bastante sugestiva para quem busca referências de análise dos tempos de retrocesso em que vivemos e o papel ideológico cumprido pela educação na reprodução das condições de subalternidade.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Derrotar Temer, Mendonça Filho, grupo do PSDB no MEC e reformas neoliberais da educação

Mendonça Filho e a equipe tucana que se abancou no MEC (Maria Helena Guimarães de Castro et caterva) se agarrará até o fim ao governo do usurpador Michel Temer. Apesar de ter sido divulgado na mídia que Mendonça estaria pensando em abandonar o governo usurpador em agonia, a agenda privatista do MEC seguirá com a ministra de fato, a Secretaria Executiva do MEC.

A agenda privatista da educação é orgânica às reformas trabalhista e da Previdência e deve ser derrotada em seu conjunto.

Os movimentos progressistas e do campo educacional devem lutar pela derrubada de Temer, seus comparsas e pela revogação de todas a reformas educacionais capitaneadas por Mendonça Filho.

Além disso, procurar o nome do "ilustre" ministro em alguma lista. É só futucar que descobre!

Para entender o imbroglio reproduzo a análise de conjuntura do professor Luiz Carlos de Freitas, publicada originalmente no Blog do Freitas, em 21/05/2017.

sábado, 20 de maio de 2017

Por que a Globo quer a renúncia de Temer?

A Globo é sócia do capital financeiro. É agência ideológica do poder econômico e, por isso, joga em posição central na crise. Em articulação com o poder judiciário, capturado pelas corporações empresariais, o consórcio busca conduzir a substituição do usurpador Michel Temer por outro que garanta o aprofundamento do programa de espoliação do fundo público.

Entender os interesses econômico-políticos que envolve essa trama é tarefa fundamental para os movimentos progressistas que lutam por uma democracia substantiva no Brasil e na América Latina.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

As sirenes da história anunciam confrontos intensos no front

Há pouco fiz uma postagem ressaltando a necessidade de as forças progressistas e movimentos sociais populares pautarem os crimes das organizações Globo (leia aqui Fora Temer e Fora Globo) por terem relações intrínsecas com os criminosos que elas estão condenando.

Isso porque avalio que essa corporação empresarial-midiática, apesar de ser juridicamente uma concessão pública, ela opera segundo os interesses do capital interno e externo, tendo como função principal a difusão ideológica, mas que se materializa visando objetivo comum ao capital, o lucro. Assim, ela cumpre funções como principal agência de organização cultural de toda a sociedade brasileira, mas também tem função na reprodução econômica e do poder político policial.

Por isso penso que as organizações Globo, pelas ligações comerciais e políticas, não podem não estar ligadas aos crimes pelos quais muitas outras empresas estão sendo condenadas. É só se procurar bem que se encontram as ligações.

Gritar: Fora Temer e Abaixo a Rede Globo!

A Globo descartou Temer, mas quer sair de heroína e condutora da transição. Quer indicar o novo presidente do Brasil, como se não tivesse nenhuma responsabilidade com o golpe. A construção de uma democracia verdadeira no Brasil precisa pautar severamente o fechamento de tudo que estiver ligado às organizações Globo, a prisão dos Marinho por crimes de lesa-pátria e a restituição aos cofres públicos dos prejuízos materiais e culturais que causados ao país.

O povo brasileiro não pode ficar a mercê da deformação intelectual que promove, da manipulação sistemática e dos golpes de uma empresa que é uma concessão pública, mas que opera criminosamente para interesses privados, às custas dos impostos pagos pelo povo.

Os movimentos sociais populares precisam transformar atos pontuais numa delação coletiva em troca de um único prêmio: o fim da maior organização criminosa e corrupta do país. A Globo. A maior corruptora intelectual e moral do nosso do nosso povo.

terça-feira, 9 de maio de 2017

No Teatro Poeira, Gaudêncio Frigotto denuncia o fascismo brasileiro


Compartilho com os que acompanham o nosso blog mais um vídeo do Prof. Gaudêncio Frigotto. Durante um evento realizado no Teatro Poeira (RJ) no mês de abril, ele nos provoca a pensar sobre o fascismo brasileiro.
O vídeo, de 16 minutos, editado por Reikrauss Benemond, foi publicado originalmente no blog Carta Campinas, dia 09/05/2017.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Os Dias do Cárcere. Cinebiografia de Antônio Gramsci está no YouTube

Encontra-se no YouTube o filme biográfico "Antônio Gramsci. Os Dias do Cárcere", do renomado cineasta italiano Lino Del Fra. O filme é estrelado pelo ator Ricardo Cucciola, que interpreta Antônio Gramsci, um dos mais importantes teóricos da tradição marxista e dos mais destacados dirigentes políticos. Produzido em 1977, o filme também está disponível em DVD produzido pela Versátil Filmes, lançado em 2013.
Para assistir, clique no link: 

terça-feira, 2 de maio de 2017

Reflexões sobre a Greve Geral


A greve geral é o estado de exceção imposto pelos trabalhadores contra o estado de exceção dos ricos. Seus desdobramentos imediatos e históricos são positivos para o conjunto da classe trabalhadora. Segue artigo de Marcelo Badaró Mattos, publicado originalmente no Blog Junho.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Greve Geral. Apenas o Início...


Hoje é apenas o início da reação do trabalhadores ao Estado de Exceção que os patrões estão impondo ao povo brasileiro. Muita luta está por vir. Apenas não, um bom início!

sábado, 8 de abril de 2017

Controle das progressões, licenças e concessões de dedicação exclusiva pela Fazenda é passo para destruição de universidades públicas no Paraná


O reformadores neoliberais da educação estão desmontando as universidades públicas brasileiras. A autonomia administrativa e pedagógica está sendo destruídas através de reformas moleculares nos estados, mas têm importância nacional como estratégia. Exemplo disto é o que vem acontecendo no Paraná, como mostra a denúncia de professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no site do Brasil de Fato:

quinta-feira, 6 de abril de 2017

ESCOLA “SEM” PARTIDO Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira

 
É com muita satisfação que o Projeto de Extensão Editorial Laboratório de Políticas Públicas (LPP/UERJ) apresenta seu segundo lançamento intitulado Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. A coletânea é organizada pelo Professor Gaudêncio Frigotto, uma das mais significativas referências intelectuais para se pensar o campo da educação e das ciências humanas e sociais na atualidade, tanto no Brasil quanto na América Latina.
Escola “sem” Partido é composto por artigos de acadêmicos e estudiosos que analisam alguns dos múltiplos aspectos do Projeto de Lei Escola sem Partido. Abordado por diferentes prismas, os textos têm em comum o objetivo de ampliar a compreensão que se tem do movimento que dá origem ao nome "escola sem partido" e desvelar sua orientação ideológica, a de uma suposta neutralidade dita “sem” partido.
Leia mais, em http://www.lpp-uerj.org 

terça-feira, 4 de abril de 2017

QUEM DISSE, "O POVO NÃO SABE VOTAR"?





Mais do que nunca é preciso compreender os mecanismos de captura da democracia pelas corporações econômica, como instrumento que anula o voto das pessoas comuns, colocando-o contra o povo na forma de medidas espoliadoras. No caso da reforma da previdência, o voto de cada cidadão nada vale frente à compra dos políticos que hoje operam pela aprovação. Setores do capital financeiro interessados na venda da previdência privada são os financiadores das campanhas dos relatores. No final, ainda colocam a culpa no "povo que não sabe votar". É o que revela a reportagem abaixo, sobre os parlamentares que estão a frente da famigerada Reforma da Previdência:

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Não foi por falta de avisos: leituras para crítica das esquerdas brasileiras


Dada a atual perplexidade das "esquerdas" brasileiras frente a "vertiginosa" ascensão de forças conservadoras aos governos (mediante persuasão e violência) e do respectivo retrocesso político-social alcançado até então, fazer o balanço crítico dos governos do PT é tarefa imprescindível para construção de novos horizontes estratégicos e táticos no sentido progressista. Nesta postagem, sugiro a leitura de dois artigos do sociólogo Luiz Werneck Vianna publicados originalmente no site Gramsci e o Brasil. O primeiro, intitulado O Estado Novo do PT, data de 2007. Nele o autor examina o esgotamento da estratégia lulista de "conciliação de contrários" em tom quase premonitório:
De qualquer sorte, da perspectiva de hoje, já visível o marco de 2010, não se pode deixar de cogitar sobre as possibilidades de que o condomínio pluriclassista que nos governa venha a encontrar crescentes dificuldades para sua reprodução, em particular quando se tornar inevitável, na hora da sucessão presidencial, a perda da ação carismática do seu principal fiador e artífice. Na eventualidade, no contexto de uma sociedade civil desorganizada, em particular nos seus setores subalternos, e do atual desprestígio de nossas instituições democráticas, a política pode se tornar um lugar vazio, nostálgico do seu homem providencial, ou vulnerável à emergência eleitoral da direita, brandindo seu programa de reformas institucionais, entre as quais a de simplificar ao máximo o papel do Estado, a ser denunciado como agência patrimonial, fonte originária da corrupção no país. Impedir isso é a tarefa atual da esquerda. Mas ela somente reunirá credenciais para tanto, se, rompendo com o estatuto condominial vigente, for capaz de reanimar seus partidos, aí compreendido o PT, e de estabelecer vínculos concretos com os movimentos sociais, sempre na defesa da sua autonomia, em torno de suas reivindicações.
No segundo artigo, publicado no mês de novembro de 2016 sob o título Em meio à tempestade, Vianna analisa a contexto da crise política brasileira e mundial:
Se esses objetivos, antes da recente sucessão presidencial nos EUA, não contavam com soluções fáceis, eles parecem tornar-se ainda mais espinhosos depois dela. Com tirocínio político, que não nos faltou em outros momentos agudos da nossa História, podemos chegar a um bom porto. Em meio aos muitos perigos que nos rondam, inútil ficar com o olhar perdido em 2018. A hora da grande política é agora.
Vianna não foi o único a avisar que o trem da "conciliação de contrários" estava prestes a descarrilar, impondo altíssimos custos humanos e sociais para os trabalhadores e toda ordem de brasileiros desvalidos. 2017 chegou e, por enquanto, ainda não há novidades que não indiquem o aprofundamento das perdas civilizatórias. Aliás, os apitos do trem da barbarie estão cada vez mais próximos, mas o PT e seus satélites continuam agindo nos marcos da pequena política.

Abaixo seguem os links para leitura dos artigos citados.

O Estado Novo do PT
Em meio à tempestade