Conheça como milionários estrangeiros estão manipulando o pensamento da população brasileira para lucrarem cada vez mais
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Foto de Hypepotamus |
The Intercept - Brasil publicou uma reveladora reportagem sobre o problema da atuação das think thanks na América Latina e no Brasil, destacando quem são as principais organizações em atuação no continente, suas ideias, estratégias de ação e as desastrosas consequências das intervenções empreendidas para desestabilizar a democracias latino-americanas.
Em relação ao Brasil, a reportagem revela como empresários milionários financiaram figuras emblemáticas, que se arvorando independentes de partidos políticos, participaram de forma bastante agressiva nas mobilizações que levaram ao impedimento da presidenta Dilma Roussef. A respeito da atuação de think thanks no Brasil, na Argentina e em Honduras a reportagem revela:
Ao longo dos anos, a Atlas e suas fundações caritativas associadas realizaram centenas de doações para think tanks conservadores e defensores do livre mercado na América Latina, inclusive a rede que apoiou o Movimento Brasil Livre (MBL) e organizações que participaram da ofensiva libertária na Argentina, como a Fundação Pensar, um think tank da Atlas que se incorporou ao partido criado por Mauricio Macri, um homem de negócios e atual presidente do país. Os líderes do MBL e o fundador da Fundação Eléutera – um think tank neoliberal extremamente influente no cenário pós-golpe hondurenho – receberam financiamento da Atlas e fazem parte da nova geração de atores políticos que já passaram pelos seus seminários de treinamento.The Intercept - Brasil também mostra que figuras como o blogueiro Rodrigo Constatino é fundador de instituições que recebem financiamento de milionários estadounidenses:
UM DOS FUNDADORES do Instituto Millenium, o blogueiro Rodrigo Constantino, polariza a política brasileira com uma retórica ultrassectária. Constantino, que já foi chamado de “o Breitbart brasileiro” devido a suas teorias conspiratórias e seus comentários de teor radicalmente direitistas, é presidente do conselho deliberativo de outro think tank da Atlas – o Instituto Liberal. Ele enxerga uma tentativa velada de minar a democracia em cada movimento da esquerda brasileira, do uso da cor vermelha na logomarca da Copa do Mundo ao Bolsa Família, um programa de transferência de renda.Constantino é considerado o responsável pela popularização de uma narrativa segundo a qual os defensores do PT seriam uma “esquerda caviar”, ricos hipócritas que abraçam o socialismo para se sentirem moralmente superiores, mas que na realidade desprezam as classes trabalhadoras que afirmam representar.
A idéias defendidas por essa rede de manipulação de consciências são as mesmas das medidas que estão destruindo os direitos dos trabalhadores no Brasil, sob comando do governo Temer com o apoio dos ricos de dentro e de fora do Brasil. Redução da parte social do Estado e privatização de direitos e serviços públicos são as bandeiras centrais dessas instituições, conforme lê-se abaixo:
“Temos um Estado muito paternalista. É incrível. Há muito controle estatal, e mudar isso é um desafio de longo prazo”, diz Schüler, acresentando que, apesar das vitórias recentes, os libertários ainda têm um longo caminho pela frente no Brasil. Ele gostaria de copiar o modelo de Margaret Thatcher, que se apoiava em uma rede de think tanks libertários para implementar reformas impopulares. “O sistema previdenciário é absurdo, e eu privatizaria toda a educação”, diz Schüler, pondo-se a recitar toda a litania de mudanças que faria na sociedade, do corte do financiamento a sindicatos ao fim do voto obrigatório.
Beltrão explica que a rede de think tanks está pressionando pela privatização dos Correios, que ele descreve como “uma fruta pronta para ser colhida” e que pode conduzir a uma onda de reformas mais abrangentes em favor do livre mercado. Muitos partidos conservadores brasileiros acolheram os ativistas libertários quando estes demonstraram que eram capazes de mobilizar centenas de milhares de pessoas nos protestos contra Dilma, mas ainda não adotaram as teorias da “economia do lado da oferta”.O povo brasileiro precisa saber que está sob forte intervenção estrangeira, que almeja reiterar políticas escravistas no Brasil. Nosso povo não pode ficar a mercê das manipulações aparentemente independentes, mas que estão sendo massivamente financiada por agentes internacionais em conluio com empresas brasileiras, em busca de mercados mais lucrativos as custas da superexploração.
Leia íntegra da reportagem de The Intercept - Brasil no link abaixo:
https://theintercept.com/2017/08/11/esfera-de-influencia-como-os-libertarios-americanos-estao-reinventando-a-politica-latino-americana/
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