sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Unicamp desafia Mendonça Filho e cria disciplina sobre golpe

Foto: Brasil de Fato
Publicado no Portal 247, em 23.02.2018
"O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp acaba de criar uma disciplina com o mesmo nome daquela que será ministrada pelo professor Luís Felipe Miguel, da Universidade de Brasília (UnB); na Unicamp, cada docente dará uma palestra no curso em solidariedade ao professor Miguel, que vem sendo perseguido pelo ministro da Educação do governo Michel Temer, Mendonça Filho; a disciplina do IFCH da Unicamp terá basicamente o mesmo conteúdo da oferecida pela UnB".
Iniciativa importante do IFCH- Unicamp, como demonstração de solidariedade com o Prof. Luiz Felipe da UnB, mas também por construir uma alternativa político-pedagógica necessária para reafirmação da universidade brasileira como instituição voltada à produção de conhecimento, sobre os problemas mais relevantes para a maioria da população. Que sirvam de exemplo!

Mendonça Filho é alvo de ação de ex-reitor da UnB, deputados e advogados

Publicado pelo portal da FORUM, em 22/02.218.
Um grupo formado por José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor da Universidade de Brasília; Marcio Sotelo Felippe, ex-Procurado-Geral do Estado de São Paulo; Wadih Damous, deputado federal (PT); Paulo Pimenta, deputado federal (PT); e Patrick Mariano Gomes, advogado, protocolou, nesta quinta-feira (22), uma representação no Conselho de Ética da Presidência da República e na Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Educação, Mendonça Filho. O documento [acesse a íntegra aqui] acusa o ministro de violar a liberdade de cátedra e a autonomia universitária, ao se manifestar contra o curso ministrado pelo professor Luis Felipe Miguel, da Universidade de Brasília, “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. As informações são do blog Nocaute.
Impedir a liberdade de cátedra, calar os professores, sucatear as universidades, cortar verbas de pesquisa e jogar o país na mais vil ignorância. Esse é o projeto de Temer e Mendonça. Lei aqui a íntegra da reportagem: https://www.revistaforum.com.br/mendonca-filho-e-alvo-de-acao-de-ex-reitor-da-unb-deputados-e-advogados/

Mendonça Filho quer censurar disciplina da UNB sobre “golpe de 2016″, mas plano de ensino viraliza nas redes sociais


Do portal Marco Zero, 22/02/2018. O Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), ameaçou acionar órgãos de controle para apurar se há improbidade administrativa na disciplina "O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil". A disciplina será oferecida no curso de graduação em Ciência Política da Universidade de Brasília (UNB), pelo Prof. Luis Felipe Miguel.

Temendo que a ameaça de censura seja consolidada, rapidamente, estudantes do Brasil inteiro estão "viralizando" nas redes sociais o programa da disciplina, os livros e os artigos que serão estudados. As aulas começarão na próxima semana. Acesse aqui, ao programa completo da disciplina.

A ameaça do Ministro da Educação vem sendo alvo de protestos, no meio acadêmico e político, por ferir a autonomia universitária e a liberdade de cátedra, princípios previstos pela Constituição de 1988. Veja a Nota de Repúdio da Associação Brasileira de Ciência Política aqui.

Leia mais:

Os livros e artigos também podem ser acessados aqui

http://www.canal6.com.br/amostras/Iniciais_Aresistenciaaogolpede2016.pdf

https://marcozero.org/mendonca-filho-quer-censurar-disciplina-da-unb-sobre-golpe-de-2016/

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Os significados da intervenção civil-militar no Rio de Janeiro, por Carlos Eduardo Martins

FOTO: Blog da Boitempo

A intervenção no Rio de Janeiro e o avanço do fascismo no Brasil

Por Carlos Eduardo Martins*, publicado originalmente no Blog da Boitempo, 19/02/2018

A intervenção federal militar na segurança do Rio de Janeiro e sua possível extensão a outros Estados marca uma nova etapa da escalada repressiva que avança no Brasil desde o golpe de 2016, configurando tecnicamente um Estado de Exceção.
Constitucionalmente, são três os níveis de Estado de Exceção: Intervenção Federal, Estado de Defesa e Estado de Sítio. Cumprimos com esta iniciativa o primeiro nível do Estado de Exceção: até o final de 2018, o Congresso terá suas prerrogativas reduzidas e, no Rio de Janeiro, a Justiça Militar substitui em parte a Justiça Civil para assuntos de segurança pública, situação que incidirá basicamente sobre a vida das camadas populares. A intervenção federal realiza-se de maneira açodada e não atende aos requisitos constitucionais substantivos para sua realização: não há grave desordem pública no Rio de Janeiro, como demonstram os indicadores da cidade no ranking da violência no país e os que atestam a redução dos índices de criminalidade deste carnaval em relação ao de 2017.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Intervenção (militar) no RJ: dobrando a aposta no choque de austeridade

Foto: página do autor no facebook
Divulgando texto publicado em Brasil Debate dia 16/02/2018, Bruno Leonardo Barth Sobral, economista e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ, tendo doutorado pelo Instituto de Economia da Unicamp. Autor do livro: “Metrópole do Rio e Projeto Nacional: uma estratégia de desenvolvimento a partir de complexos e centralidades no território” (Editora Garamond, 2013)

O governo do Rio, depois de condenar a economia se submetendo ao ‘acordo’ proposto pelo governo federal, agora entrega o controle do território, visto como em estado de guerra

domingo, 18 de fevereiro de 2018

É preciso continuar o Carnaval contra a Globo e o Vampirão

Fonte: DCM
Derrotar a narrativa da Globo é passo importante para revelar os reais interesses do governo Temer, ao pedir arrego aos militares para se sustentar no poder e manter a agenda de espoliação dos direitos sociais e trabalhistas. A intervenção militar no Rio de janeiro é instrumento de chantagem para fazer passar a Reforma da Previdência e reprimir manifestações populares que tendem a crescer com o EFEITO TUIUTI. Os dados oficiais sobre a Segurança no Rio e o depoimento do general Braga Netto de que o "sentimento de caos é efeito muita mídia" indicam que os interesses da intervenção são de outra ordem que extrapola a questão da violência.  A análise de Kiko Nogueira no DCM é elucidativa. A saída é ampliar o efeito Tuiuti nas ruas e denunciar a mentira da Globo e do Vampirão.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Relatório da Clarivate Analytics desmonta campanha de desmoralização das universidades públicas

Diversos pesquisadores e entidades científicas vêm trabalhando para desmontar a campanha difamatória empreendida pela mídia empresarial contra as universidades públicas brasileiras.  Em boa hora, mais um relatório vem reforçar essa frente de combate. Trata-se do Research in Brasil elaborado pela Clarivate Analytics, empresa especializada em indexação e análise de citações, e que mantém a plataforma Web of Science. O documento foi  disponibilizado à Capes (em 17 de janeiro de 2018). Entre outros aspectos, o relatório apresenta o desempenho das universidades públicas brasileira figurando na 13a. colocação no ranking mundial, a frente de países com tradição de pesquisa como Rússia, Holanda e Suécia.