segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Fanzine e vídeo para entender as ocupações de escolas e universidades que todos os estudantes, professores e pais deveriam conhecer

A MP 746 quer privatizar o ensino médio brasileiro, a pretexto de adequado currículo escolar aos "interesses" dos estudantes. A ocupação dos estudantes secundaristas e universitários estão protestando contra a reforma do ensino médio e a PEC 55 (antiga PEC 241) e existe motivações comuns: a defesa da educação pública (de gestão público-estatal).

A verdade sobre a reforma educacional de Temer/Mendonça é que ela visa tão somente abrir o setor educacional para exploração como "nicho de mercado" por empresas nacionais e internacionais, que irão aumentar seus lucros vendendo uma educação aligeirada e de má qualidade à juventude brasileira. Esta é a estratégia empresarial que está por trás das reformas e medidas educacionais em curso no Brasil.

As ocupações de escolas e universidades pela juventude brasileira, os professores e trabalhadores em educação serão capazes de barrar essa tragédia na medida em que alcançarem consciência cada vez mais profunda dos significados de tal projeto. O fanzine e o vídeo abaixo são materiais alternativos que deveriam constar na programação de estudos, rodas de diálogos, debates e reflexões realizadas nas ocupações, assembleias, aulas, reuniões docentes e interessados. Para acessar clique nos links abaixo:

Assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=vYISlOShlCU
Baixe o zine: http://tinyurl.com/hg4t99n
Imprima: http://tinyurl.com/zprd3lw




Blog de Jamerson Silva atinge 10 mil visualizações

Neste domingo, 30.10, nosso blog atingiu a marca de 10 mil visualizações. Aos poucos estamos aprendendo a utilizar as mídias alternativas para socializar conhecimentos e informações sobre educação e política, e ajudar a fortalecer as lutas pela emancipação humana. Obrigado a todos e todas que estão acompanhando nosso trabalho.

sábado, 29 de outubro de 2016

Pressionar as direções sindicais a irem pro ataque

      Frente à suspensão do direito de greve dos servidores públicos decretado pelo STF na última semana, o movimento sindical brasileiro tem o dever histórico de mobilizar os trabalhadores para nas ruas fazerem valer seus direitos e conquistas. E a base do movimento docente e dos servidores públicos deve pressionar suas direções a contra atacarem. Em artigo anterior, defendemos a tese de que contra o estado de exceção em favor dos ricos, a Greve Geral é arma legítima e capaz de alterar a correlação forças em favor dos trabalhadores. Ir pro ataque é o caminho que os jovens secundaristas e universitários já estão tomando. Como contribuição ao debate estratégico do momento, recomendo a leitura dos artigos abaixo:

https://blogdejamerson.blogspot.com.br/2016/10/os-supremos-legitimaram-uma-greve-geral.html
http://www.passapalavra.info/2016/10/109747
http://plataformapoliticasocial.com.br/jogar-na-defesa-ou-no-ataque/

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Outra Greve Geral é necessário

        Para quem ainda tinha dúvida sobre as reais intenções das classes dominantes brasileiras contra os trabalhadores e a população pobre, ao usurparem o poder de uma presidenta eleita, os últimos acontecimentos são evidências irrefutáveis de que o golpe foi contra o povo: imposição pelo executivo de Medida Provisória para privatizar o ensino médio (MP 746); aprovação da PEC 241 (PEC da Morte) na câmara dos deputados, com a mesma votação do impedimento, sem crime de responsabilidade de uma presidenta da república eleita; aprovação do aumento dos próprios salários pelos parlamentares; os estudantes e professores sendo presos e algemados por fazerem protestos pacíficos em defesa do direito à educação (previstos na Constituição); suspensão pelo STF do direito a greve dos servidores públicos, fornecendo ao poder executivo ferramenta jurídica para tentar frear o “estouro da boiada”, frente à intensiva destruição de direitos sociais, políticos e civis conquistados. 
A sensação de que a sempre moribunda democracia brasileira teve mais uma morte está se espalhando e rompendo a bolha da grande mídia. O povo está reagindo e tomando as ruas, ainda que forma fragmentada. Os estudantes secundaristas estão na vanguarda ocupando as escolas, os universitários estão parando as aulas e exigindo que seus mestres entrem em greve. Os povos indígenas deflagraram ações diretas em todo o país. Os sindicatos combativos já convocaram Greve Geral, juntamente com os movimentos sociais populares. Aos poucos, parte da população que foi favorável ao impedimento da presidenta está percebendo as reais intenções dos usurpadores. 
Diante de uma conjuntura de exceção que tende a se aprofundar, como resistir quando não se tem mais a quem recorrer legalmente é a pergunta da hora para quem luta por vida digna e não pretende se resignar. Qual deve ser o sentido unificador da luta do povo, quando não se tem mais a quem reivindicar o direito à vida digna, num contexto em que Estado de Direito foi sofisticadamente suspenso e a violência policial institucionalizada atiça e protege milícias patronais contra estudantes e a maioria do povo, em favor de uma minoria rica? 
O filósofo Walter Benjamin em suas reflexões sobre o Estado de Exceção nos fornece uma pista, que parece bastante adequada ao nosso contexto:
“A tradição dos oprimidos nos ensina que o estado de exceção em que vivemos é a regra. Precisamos construir um conceito de história que corresponda a esse ensinamento. Percebemos assim, que a nossa tarefa é originar um verdadeiro estado de exceção; e com isso nossa posição ficará melhor na luta contra o fascismo (Benjamin, 2012, p.245).”
Para Benjamim a Greve Geral é o estado de exceção do trabalhadores e diferentemente da greve no local de trabalho, foge do ordenamento jurídico usurpado, extrapola motivos específicos e coloca em pauta demandas de toda a classe trabalhadora. Ela coloca em xeque o próprio ordenamento jurídico, mexe nas relações de direito no sentido de refunda-las. Neste horizonte, recomendo a leitura do artigo de Daniel Caribé publicado no jornal Passa Palavra, sobre a Greve Geral como alternativa ao Estado de Exceção:
“Greve Geral de forma ampla: não somente como milhares de trabalhadores de macacão azul parando suas atividades laborais, mas também como articulação dessa miríade de novas formas de resistência como ocupação das escolas, o enfrentamento à polícia assassina, a revolta dos trabalhadores ambulantes em pleno Carnaval ou as catracas em chamas que param o trânsito e tudo aquilo que interrompe o fluxo de acumulação”.
Contra o estado de exceção a serviço dos ricos, a Greve Geral é o estado de exceção em defesa dos pobres e de vida digna!


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Professores da UFPE manifestam apoio à ocupação dos estudantes contra a PEC 241

Ontém, 25.10, professores da UFPE lançaram nota pública em apoio à ocupação dos estudantes contra a PEC 241, que destrói direitos sociais, impactando nefastamente as áreas de educação e saúde. O manifesto também repudia a repressão e criminalização dos movimentos sociais de resistência, em particular do movimento estudantil. Na UFPE o movimento estudantil ocupou o Centro de Educação, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas e o Centro Acadêmico de Vitória. Leia abaixo o manifesto dos professores.

NOTA PÚBLICA DOS PROFESSORES DA UFPE CONTRA A PEC 241/2016 E EM DEFESA DOS DIREITOS SOCIAIS E APOIO AOS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA 
Nós, professoras e professores do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, vimos a público manifestar o nosso veemente repúdio à PEC 241/2016, destrutiva de direitos sociais, civis e políticos da população brasileira, especialmente no que concerne à educação, previdência e saúde públicas, que multiplicará seus efeitos nefastos por longos vinte anos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Mapa das escolas ocupadas no Paraná: acompanhe em tempo real


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"A CADA ESCOLA REINTEGRADA, DUAS SERAM OCUPADAS'' REINTEGRARAM 13 ESCOLAS, OCUPAMOS MAIS 70
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Você pode acompanhar em tempo real a ocupação da escolas no Paraná, clicando aqui.

A juventude mostra o caminho: 300 ocupações no Paraná


A Casa Grande está acelerando os ataques aos direitos sociais e trabalhistas, e já decretou mais uma morte à sempre moribunda democracia brasileira. Para barrar o retrocesso, ocupar as escolas e as ruas, rumo à uma greve geral real é o caminho. Os estudantes do Paraná já começaram:
... é fundamental se apoiar nos exemplos mais vivos da luta de classes, como é o Paraná nesse momento, e seguir exigindo que as centrais sindicais que dirigem os principais sindicatos do país, saiam em luta contra imediatamente, organizando uma greve geral real, e coloquem nas ruas, em unidade com a juventude, o sujeito ainda oculto nesse processo, a classe trabalhadora do país de 12 milhões de desempregados, e ameaçada de perder seus direitos. Apenas assim é possível barrar os ajustes do governo golpista de Temer que estão sendo votados a toque de caixa, a serviço dos empresários, da mídia e do imperialismo.
Para ler a íntegra da matéria, clique aqui.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Estudantes convocam ocupação nacional de escolas em defesa do ensino médio público

Ao contrário do que propagandeiam os burocratas do MEC, ao afirmarem que a MP da reforma do ensino médio é de interesse dos jovens, estudantes secundaristas de várias cidades do país já entenderam os impactos negativos da medida e estão reagindo. Em Campinas-SP, ontem (5.10) teve ato nas ruas, em Contagem-MG teve paralisação  (29.09) e em Curitiba-PR já são 20 escolas ocupadas contra a MP 746.

Assim, a educação pública que por anos já vinha sofrendo cortes pelo governo do PT, e agora quer ser extinta pela Reforma do Ensino Médio e a PEC 241, com apoio de golpistas e empresários, nos afasta cada vez mais das universidades públicas e posicionamentos críticos ou mesmo da ciência, pois não é atoa que querem tirar a obrigatoriedade de Sociologia, Filosofia, Artes Educação Física, Física, Química etc, e em troca, oferecer um técnico sem nenhuma qualidade, provocando uma base curricular pouco proveitosa e oferecendo mão de obra barata para os patrões.
Logo, fica o chamado nacional a todos estudantes, professores e trabalhadores da educação, para que nos unamos contra a reforma e os diversos ataques em nossos direitos. Que lutemos assim como em junho de 2013 e as ocupações de mais de 200 escolas em SP, mostrando que temos força, e que se preciso, incendiaremos o país para as lutas.
Clique aqui para ler a matéria na íntegra.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Na coluna Análise do Conjuntura de setembro, o Prof. Dermeval Saviani (UNICAMP) analisa os desafios da educação no contexto do golpe de 2016

Em texto curto, porém preciso, Dermeval Saviani coloca em evidência as 
especificidades da formação social brasileira, marcada por uma democracia "ultra restrita", historicamente sujeita a golpes. O autor de Escola e Democracia e Prêmio Jabuti, avalia o golpe de 2016 e aponta o papel da educação neste contexto:
"A atual conjuntura se constitui, pois, num momento grave que estamos vivendo no qual o tema dos desafios educacionais da democracia pode ser considerado como uma rua de mão dupla. Ou seja, a educação é desafiada duplamente: por um lado, cabe-lhe resistir, exercendo o direito de desobediência civil, às iniciativas de seu próprio abastardamento por parte de um governo que se instaurou por meio da quebra do Estado Democrático de Direito. Por outro lado, cumpre lutar para assegurar às novas gerações uma formação sólida que lhes possibilite o pleno exercício da cidadania tendo em vista não apenas a restauração da democracia formal, mas avançando para sua transformação em democraciareal." 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Prof. Gaudêncio Frigotto (UERJ) detona MP do Ensino Médio: "uma covardia com os filhos da classe trabalhadora"


Em texto bastante contundente, o Prof. Gaudêncio Frigotto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, denuncia a segregação social embutida na reforma do ensino médio proposta por Mendonça Filho.
A reforma de ensino médio proposta pelo bloco de poder que tomou o Estado brasileiro por um processo golpista, jurídico, parlamentar e midiático, liquida a dura conquista do ensino médio como educação básica universal para a grande maioria de jovens e adultos, cerca de 85% dos que frequentam a escola pública. Uma agressão frontal à constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes da Educação Nacional que garantem a universalidade do ensino médio como etapa final de educação básica.
Os proponentes da reforma, especialistas analfabetos sociais e doutores em prepotência, autoritarismo e segregação social, são por sua estreiteza de pensamento e por condição de classe, incapazes de entender o que significa educação básica. E o que é pior, se entendem não a querem para todos.
 

Para ler a íntegra do texto, clique aqui.

Blog do Prof. Luiz Carlos de Freitas lança página sobre a MP do Ensino Médio

O blog AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, do Prof. Luiz Carlos de Freitas (FE/Unicamp), lançou uma página específica para reunir material sobre a MP 476, que pretende reformar o Ensino Médio. O conteúdo da página está bem rico, reunindo a legislação, análises de diversos estudiosos e manifestos de entidades. Vale a pena conferir. Para acessar, clique aqui.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleição do desencanto do eleitor. 'Não temos mais um partido hegemônico de esquerda no Brasil'. Entrevista especial com Rudá Ricci


Sociólogo Rudá Ricci analisa o resultados das eleições municipais de 2016 e aponta tendência de o PSOL ocupar o espaço do PT nas esquerdas. 
Diante da crise do PT, como analisa a atuação do PSOL nas eleições deste ano?

Rudá Ricci ‐ Se saiu muito bem. Em certa medida, começou a ocupar o espaço do PT, se relembrarmos a própria trajetória petista em pleitos municipais. Durante grande parte deste primeiro turno, esteve bem em várias capitais: São PauloRio de JaneiroPorto AlegreBelémCuiabá. A queda acentuada em Porto Alegre e São Paulo se deve, em especial, à parca estrutura de organização partidária e seu baixo enraizamento em regiões mais pobres e periféricas. Mesmo assim, se tornou a segunda legenda nacional no campo das esquerdas.
Leia a entrevista publicada originalmente na revista IHU-On line, aqui.