quinta-feira, 9 de julho de 2020

Universidades Públicas e aulas remotas: nenhum estudante pode ser excluído

O Coletivo de Estudos Marxismo e Educação (Colemarx) da Universidade Federal do Rio de Janeiro lançou um estudo (pdf) problematizando o ensino remoto emergencial em um contexto de intensos ataques a autonomia universitária. Segue um trecho da apresentação:
"O texto defende a prioridade do planejamento que assegure condições de retorno presencial, pois concebe que a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão é erigida pelas interações pedagógicas, as práticas de pesquisa e as atividades de extensão compartilhada pela comunidade universitária. O estudo identifica uma grande ameaça sobre as universidades, advinda do interesse das maiores corporações mundiais de comercializar pacotes de educação a distância para o setor público, descaracterizando, desse modo, a função social das instituições e comprometendo, severamente, o rigor da formação dos estudantes e a consolidação de ambiente de pesquisa. (...) O estudo aborda ainda indicações para uma agenda alternativa que, ao mesmo tempo, possibilite renuclear os estudantes e a comunidade universitária em geral, magnificar a capacidade de produção e socialização de conhecimento crítico que permita tornar pensáveis dilemas do presente e, o que é crucial, viabilizar mediações virtuais que permitam o referido renucleamento, sem, contudo, abrir brechas para os propósitos dos ultraneoliberais, dos agentes da guerra cultural, e das corporações de instaurar o chamado ensino híbrido, uma expressão da mencionada ideologia do novo normal. Por fim, apresenta tópicos essenciais para as lutas democráticas em defesa da universidade pública".

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