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Mostrando postagens de 2018

Blog do Freitas: "Um ministro fraco, para um ministério fraco."

Mais do que a polêmica sobre Olavo de Carvalho, que indicou o Ministro da Educação do governo Bolsonaro, o importante é traçarmos prognósticos sobre os rumos da política educacional para o próximo período. Neste sentido, compartilho o balanço do Prof. Luiz Carlos de Freitas (FE/Unicamp). Conforme o professor: Do ponto de vista técnico, não se pretende um ministério da Educação forte, pois igualmente não se pretende um Estado forte. A educação é vista como uma área da economia a ser inserida no livre mercado, na esteira do Estado mínimo. Resta para o ministério da Educação, a função ideológica de imposição de uma única ideologia que dê sustentação ao liberalismo econômico (complementando a função do ministério da Justiça) e o controle de processos de privatização (complementando a função do ministério da Economia), os únicos núcleos fortes do novo governo (sem contar o pessoal da área militar sempre de prontidão), pois eles têm que comandar a desideologização da juventude e a desestat...

Escola Sem Partido: os negócios bilionários por trás do moralismo

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Imagem: Sintrae MT Compartilho reportagem de  The Intercept Brasil de autoria da jornalista Amanda Audi (23 de novembro de 2018) , revelando os negócios lucrativos que existem por trás do discurso moralista do projeto Escola sem Partido e da indicação do professor Ricardo Velez Rodrigues para comandar o Ministério da Educação. Segundo a matéria, um dos grandes beneficiários da mercantilização da educação é o próprio presidente eleito e seu guru na Economia, Paulo Guedes. Um dos principais beneficiados com o projeto é o seu guru da Economia, Paulo Guedes. Nos últimos anos, o Posto Ipiranga do novo presidente teve como foco de investimento justamente o setor de educação particular, que agora deve florescer.  Os negócios em educação de Guedes podem lucrar em duas frentes: com o reforço da educação privada e com as mudanças que podem ocorrer nos próximos anos com o Escola Sem Partido. Uma das relações é entre a Bozano Investimentos, empresa de Guedes, que vem investindo n...

PROPOSTAS EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA (COM GESTÃO PÚBLICA): para cobrar dos candidatos progressistas

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Num cenário de ataques privatistas aos direitos sociais, debater com a sociedade e cobrar dos candidatos progressistas o compromisso de defenderem a escola pública (com gestão pública) é fundamental. O blog do professor Luiz Carlos de Freitas (FE - Unicamp) elaborou uma carta de compromisso a ser debatida com os candidatos, iniciativa importante e que tem nosso pleno apoio. Apesar de ser uma carta apresentada para as últimas eleições municipais, as propostas  continuam atualíssimas, com o acréscimo da Revogação da EC.95, que desvincula os recursos constitucionais das áreas de educação e saúde. Segue abaixo a íntegra das propostas publicadas originalmente em:  https://avaliacaoeducacional.com/2016/08/06/todos-pela-educacao-publica-de-gestao-publica/ 1 .  Defender a exclusão da área da educação  da Lei de Responsabilidade Fiscal.  Sua inclusão atende a uma política de indução da privatização, pois, ao atingir o limite, a área da educação não pode c...

Blog Passa Palavra publica "Dossiê: Ensino"

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FOTO: Logo do Site O blog PASSA PALAVRA elaborou um dossiê reunindo mais de 80 artigos sobre o tema educação. Além de informativos, os artigos têm teor analítico que considero muito bom. Aliás, o blog indexou outros dossiês bastante interessantes. A apresentação do "Dossiê: Ensino" explica: "Reunimos aqui os artigos que publicamos sobre o ensino ou a falta dele: economia da educação, concepções pedagógicas ou disciplinares, lutas de estudantes e professores e também de funcionários". Clique aqui para acessar: http://passapalavra.info/2014/08/98156

Unicamp desafia Mendonça Filho e cria disciplina sobre golpe

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Foto: Brasil de Fato Publicado  no Portal 247, em 23.02.2018 "O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp acaba de criar uma disciplina com o mesmo nome daquela que será ministrada pelo professor Luís Felipe Miguel, da Universidade de Brasília (UnB); na Unicamp, cada docente dará uma palestra no curso em solidariedade ao professor Miguel, que vem sendo perseguido pelo ministro da Educação do governo Michel Temer, Mendonça Filho; a disciplina do IFCH da Unicamp terá basicamente o mesmo conteúdo da oferecida pela UnB". Iniciativa importante do IFCH- Unicamp, como demonstração de solidariedade com o Prof. Luiz Felipe da UnB, mas também por construir uma alternativa político-pedagógica necessária para reafirmação da universidade brasileira como instituição voltada à produção de conhecimento, sobre os problemas mais relevantes  para  a maioria da população. Que sirvam de exemplo!

Mendonça Filho é alvo de ação de ex-reitor da UnB, deputados e advogados

Publicado pelo portal da FORUM, em 22/02.218. Um grupo formado por José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor da Universidade de Brasília; Marcio Sotelo Felippe, ex-Procurado-Geral do Estado de São Paulo; Wadih Damous, deputado federal (PT); Paulo Pimenta, deputado federal (PT); e Patrick Mariano Gomes, advogado, protocolou, nesta quinta-feira (22), uma representação no Conselho de Ética da Presidência da República e na Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Educação, Mendonça Filho. O documento  [acesse a íntegra  aqui ]  acusa o ministro de violar a liberdade de cátedra e a autonomia universitária, ao se manifestar contra o curso ministrado pelo professor Luis Felipe Miguel, da Universidade de Brasília, “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. As informações são do blog Nocaute. Impedir a liberdade de  cátedra, calar os professores, sucatear as universidades, cortar verbas de pesquisa e jogar o país na mais vil ignorância. Esse é o p...

Mendonça Filho quer censurar disciplina da UNB sobre “golpe de 2016″, mas plano de ensino viraliza nas redes sociais

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Do portal Marco Zero , 22/02/2018. O Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), ameaçou acionar órgãos de controle para apurar se há improbidade administrativa na disciplina "O Golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil" . A disciplina será oferecida no curso de graduação em Ciência Política da Universidade de Brasília (UNB), pelo Prof. Luis Felipe Miguel. Temendo que a ameaça de censura seja consolidada, rapidamente, estudantes do Brasil inteiro estão "viralizando" nas redes sociais o programa da disciplina, os livros e os artigos que serão estudados. As aulas começarão na próxima semana. Acesse aqui, ao programa completo da disciplina. A ameaça do Ministro da Educação vem sendo alvo de protestos, no meio acadêmico e político, por ferir a autonomia universitária e a liberdade de cátedra, princípios previstos pela Constituição de 1988.  Veja a Nota de Repúdio da Associação Brasileira de Ciência Política aqui. Leia mais: Os livros e artigos també...

Os significados da intervenção civil-militar no Rio de Janeiro, por Carlos Eduardo Martins

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FOTO: Blog da Boitempo A intervenção no Rio de Janeiro e o avanço do fascismo no Brasil Por Carlos Eduardo Martins*, publicado originalmente no Blog da Boitempo , 19/02/2018 A intervenção federal militar na segurança do Rio de Janeiro e sua possível extensão a outros Estados marca uma nova etapa da escalada repressiva que avança no Brasil desde o golpe de 2016, configurando tecnicamente um Estado de Exceção. Constitucionalmente, são três os níveis de Estado de Exceção: Intervenção Federal, Estado de Defesa e Estado de Sítio. Cumprimos com esta iniciativa o primeiro nível do Estado de Exceção: até o final de 2018, o Congresso terá suas prerrogativas reduzidas e, no Rio de Janeiro, a Justiça Militar substitui em parte a Justiça Civil para assuntos de segurança pública, situação que incidirá basicamente sobre a vida das camadas populares. A intervenção federal realiza-se de maneira açodada e não atende aos requisitos constitucionais substantivos para sua realização: nã...

Intervenção (militar) no RJ: dobrando a aposta no choque de austeridade

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Foto: página do autor no facebook Divulgando texto publicado em Brasil Debate dia 16/02/2018, Bruno Leonardo Barth Sobral,  economista e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ, tendo doutorado pelo Instituto de Economia da Unicamp. Autor do livro: “Metrópole do Rio e Projeto Nacional: uma estratégia de desenvolvimento a partir de complexos e centralidades no território” (Editora Garamond, 2013) O governo do Rio, depois de condenar a economia se submetendo ao ‘acordo’ proposto pelo governo federal, agora entrega o controle do território, visto como em estado de guerra

É preciso continuar o Carnaval contra a Globo e o Vampirão

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Fonte: DCM Derrotar a narrativa da Globo é passo importante para revelar os reais interesses do governo Temer, ao pedir arrego aos militares para se sustentar no poder e manter a agenda de espoliação dos direitos sociais e trabalhistas. A intervenção militar no Rio de janeiro é instrumento de chantagem para fazer passar a Reforma da Previdência e reprimir manifestações populares que tendem a crescer com o EFEITO TUIUTI. Os dados oficiais sobre a Segurança no Rio e o depoimento do general Braga Netto de que o "sentimento de caos é efeito muita mídia" indicam que os interesses da intervenção são de outra ordem que extrapola a questão da violência.  A análise de Kiko Nogueira no DCM é elucidativa. A saída é ampliar o efeito Tuiuti nas ruas e denunciar a mentira da Globo e do Vampirão.

Relatório da Clarivate Analytics desmonta campanha de desmoralização das universidades públicas

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Diversos pesquisadores e entidades científicas vêm trabalhando para desmontar a campanha difamatória empreendida pela mídia empresarial contra as universidades públicas brasileiras.  Em boa hora, mais um relatório vem reforçar essa frente de combate. Trata-se do  Research in Brasil  elaborado pela  Clarivate Analytics , empresa especializada em indexação e análise de citações, e que mantém a plataforma Web of Science. O documento foi  disponibilizado à Capes (em 17 de janeiro de 2018) .  Entre outros aspectos, o relatório apresenta o desempenho das universidades públicas brasileira figurando na 13a. colocação no ranking mundial, a frente de países com tradição de pesquisa como Rússia, Holanda e Suécia.

Moniz bandeira em entrevista sobre a ditadura do capital financeiro

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Tenho feito alguns estudos buscando entender as tramas do processo de acumulação capitalista neste estágio de desenvolvimento no qual o capital financeiro vem ditando as regras políticas e, em inúmeras situações, destruindo os regimes democráticos, sobretudo nas economias mais atrasadas.  O cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, (falecido no ano passado) em entrevista publicada originalmente na Carta Capital, apresenta a tese central do seu livro mais recente, intitulado A Desordem Mundial , quando analisa as pretensões dos EUA de fundarem uma ditadura mundial do capital financeiro, o quê, contraditoriamente, pode leva-los ao declínio, em função dos gastos desproporcionais com o financiamento das denominadas "guerras por procuração".

Que fazer? Os desafios da confirmação da condenação de Lula. Por Eugênio Aragão

Na linha das reflexões sobre a conjuntura política brasileira, após confirmação da condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, republico a análise de Eugênio Aragão, originalmente publicada no  Diario do Centro do Mundo ,  diariodocentrodomundo.com.br , em  26 de Janeiro de 2018 06:4.  No texto duas questões chamam a atenção.  Primeiro, Eugênio desvela, a luz da tradição marxista, que a democracia burguesa é um simulacro, um instrumento para opressão dos trabalhadores. Segundo, nesta conjuntura à burguesia interna não quer fazer nenhuma conciliação. Às forças de esquerda fica o desafio de responder, o que fazer? 

O julgamento e os impactos políticos da condenação do ex-presidente Lula

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Fonte: Brasil de Fato O Instituto Humanitas Unisinos (IHU) publicou hoje (25.01.2018) no seu site as primeiras impressões de uma série de analistas políticos sobre impactos do julgamento e condenação de Lula pelo TRF-4. Entre os entrevistados figuram  Roberto Romano ,  José Geraldo de Sousa Júnior ,  Adriano Pilatti ,  Rudá Ricci ,  Bruno Cava ,  Bruno Lima Rocha  e  Giuseppe Cocco .